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5 de fev. de 2018

Cartas à um Zé: Zé e a saudade

Zé,

Eles nunca vão entender essa nossa relação.
Eu te criei em 2013 mas você sempre esteve aqui.
Naquela época pouca coisa acontecia. Mas quando algo dava errado era você que estava lá.
Ainda me lembro.. Eu chegava de manhã e lá estava você, sempre questionando a forma como eu vivia rindo das tragédias da vida.
A gente tomava um café juntos enquanto eu te contava como as coisas eram feias e como as pessoas eram vazias.
Pois é, muita coisa mudou, Zé.
Eu fiquei mais velho. Até perdi um pouco dos cabelos. Mas você, ah, você continua igualzinho.
Aliás, eu acho que as mudanças ficam só nas aparências mesmo.
Eu continuo o mesmo trouxa que sempre fui: Rastejando por migalhas; e as pessoas continuam cheias de vazio.
Mas isso já não faz diferença. Eu aprendi a conviver comigo depois de ter enlouquecido.
Eu estou bem. Eu tenho sentido'tanto' que é como se eu não sentisse nada. E não ter nada me conforta.
Hoje eu estava olhando algumas fotos e encontrei essa sua.
Você não queria tirar, mas no fim até fez pose.
É, outros até tentaram tomar o seu lugar, Zé. Mas eu não deixei.
Você sabe que ninguém jamais ousará tomar o seu lugar.
Bom, estou te escrevendo pra dizer que transbordo saudade.
E se um dia puder, passe por aqui.
Eu te prometo que as histórias estarão cada vez melhores e que as risadas farão sempre parte do nosso repertório.

Até logo, amigo!

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