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3 de fev. de 2018

Cartas a um Zé: Lamúrias de um sábado a tarde

Ah, vida.. Tem jogado duro.
A gente cai, rasteja. Chora a noite inteira por uma dor que nunca passa, num vazio que nunca acaba.
Eu juro que não ligo. Talvez já tenha me acostumado.
Sabe, Zé, eu levei tanto tempo pra perceber que o tempo leva tudo que hoje eu realmente já não sei a diferença entre esperar e perder tempo.
A gente está sempre acostumado a esperar que as coisas se resolvam sozinhas, e mesmo quando a gente faz algo para resolver o tempo vem jogar na nossa cara que nada depende apenas da gente.
Eu te confesso, Zé. Eu sou um fraco que tem brincado de ser forte, mas sempre que eu chego em casa.. Ah, quando eu chego em casa eu desabrigo tudo. É uma tortura.
Eu tenho tentado, eu te juro que tenho tentado. Mas não tem adiantado. Eu sei que nem tudo são flores e nem todas as coisas têm cores.
Já tem algum tempo que eu não consigo dormir porque sempre quando eu fecho os olhos eu me sinto como se estivesse morrendo. E lentamente eu estou.
Mas me diga, Zé: Todos nós estamos, não é?

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