Há um rio que se forma
debaixo dos olhos
toda vez que ela passa
e então vai embora.
Quando crava momentos
em imagens passadas.
Onde o ardor nos inflama
e o peito se aperta.
Ah, saudade.
Não me apronte de novo.
Se apronte que trem
amanhã parte cedo.
Mas não leve de mim
rememorações.
Há uma forte esperança
de que um dia isso acabe.
De uma espera fortuita
à uma entrega gratuita.
Do que antes sobrava,
hoje falta aos montes:
A saudade contida
numa eterna lembrança.
---
Eis um pouco do muito que nos deixou.
A nostalgia estampada hoje fala mais alto.
Dos risos de canto ao brilho dos olhos.
Todos os gritos e sussurros que expulsamos aos poucos
jamais conterão tamanha saudade,
pois nem mesmo as palavras serão capazes de dizer.
A afeição etérea incomoda na perda.
Mas a gratidão, é o que fica.
Por ter passado por aqui, ainda que 'bem rapidinho',
para ensinar o valor da verdade
e provar que o amor é eterno
quando se permite amar.
À Marina Guariente Borsari.
+ 12/02/2008
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