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19 de abr. de 2015

Um mais um milhão

As pessoas entram na sua vida com algum propósito.
Porque as coisas acontecem na sua vida por algum motivo.
E essas pessoas se tornam especiais quando te ensinam muito mais do que você pode ensiná-las. Quando você passa a se importar e se preocupar em saber como foi o dia dela. Se está tudo bem e se ela precisa de algo.
Porque estar perto não é só levantar copos em comemorações. Mas é fazer com que ela se lembre que você estará ali em qualquer situação. É fazer o bem com o mais simples que puder. Uma nota, um bom dia ou em palavras escondidas atrás dos olhos.
É somar, ser diferente e fazer a diferença.
Sim, anjos existem. E são a força para que você levante a cabeça e siga em frente... Tentando outra vez.

11 de abr. de 2015

Como saber muito pouco de muita coisa.


" Estamos diante de um momento impressionante quando o assunto é informação. Nunca houve tanta fluidez de dados sobre qualquer assunto. Nada se compara à força transformadora que a internet promove ao disponibilizar globalmente todo tipo de informação de forma ilimitada. Contudo, isso trouxe um efeito colateral assustador: a superficialidade.
Diante de tantas possibilidades, vemos cada vez mais a informação sendo compartilhada de forma fragmentada e sintetizada, tornando muito raro o momento em que alguém se envolve com todo o conteúdo disponibilizado, mesmo que este seja fruto de grande pesquisa e contenha dados relevantes para quem se interessa pelo assunto abordado.
Há muito mais interesse em manchetes e subtítulos, fazendo com que editores se preocupem mais com as audiências apuradas em “curtidas” e “compartilhamentos” do que com a profundidade da matéria, comprometendo, inclusive, a veracidade da informação. Parece que agora o mais importante é ter a informação, mesmo que não se queira saber nada a respeito dela.
Se alguém acha que saber sobre algo é igual a ver muitas coisas, certamente é uma pessoa rasa e que gosta de parecer intelectual. Um verdadeiro generalista superficial.
As pessoas estão cada vez mais rasas em seus relacionamentos, se comunicando de forma fragmentada pelo Whatsapp e similares, buscando ansiosamente uma resposta imediata para questões absolutamente sem importância ou urgência. Isso traz profundas consequências na construção do conhecimento, pois fragiliza completamente a formação de um repertório que permita as conexões entre as informações, limitando totalmente as capacidades criativas e até cognitivas.
Será que precisaremos de uma grande ruptura cultural para que esse cenário se altere?
Talvez sim, mas não acredito isso seja suficiente.
Em primeiro lugar, devemos mudar nossa própria atitude. Devemos exigir mais profundidade em nossas relações interpessoais, sermos mais criteriosos nos “posts” que curtimos e que compartilhamos e, principalmente, temos que nos aprofundar e focar nas questões que acreditamos que são de nosso interesse legítimo. Caso contrário, estaremos condenados a continuar vendo um mundo cada vez mais caótico e neurótico, com pessoas agindo sem saber para quê."


Por Sidnei Oliveira 

8 de abr. de 2015

O miserável

Estou vivendo perigosamente a beira de um abismo.
Com passos às cegas rumo a lugar nenhum.
Seguindo pelo mar pulando ondas em busca da sorte,  da pureza de espírito e leveza da alma,
Mas tudo o que levo são fardos. Os meus e os de todos vocês.
Estou correndo em busca de algo que mate a minha fome e  a minha sede. Estou virando copos vazios. Silêncios em mil palavras das quais eu nunca citei nenhuma.
Sonhando acordado quando deito a cabeça no travesseiro pensando no quão diferente são as coisas das quais eu  gostaria que fossem.
Fugindo de mim, trancado numa cela longe de um fim. Cumprindo sentenças por crimes não cometidos.
O peito ainda apertado comprime não só a dor, mas também a esperança. E com ela vão às lembranças.
Eu estou me tornando um ninguém. Rastejando por nada, comendo migalhas que os outros deixam cair assim como fazem os pombos.