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17 de fev. de 2011

Voltando para casa

Eu fiz uma escolha e ela está repercutindo agora.
As coisas poderiam estar diferentes, eu sei.
Eu olho para traz e não vejo nada errado, o unico erro que vejo sou eu.
Quebrado, partido, assim me encontro.
Por onde passei deixei coisas voando, e elas estão atingindo as pessoas,
isso não é legal.
O meu medo parece estar assustando os demais e eles parecem não desejar
muito a minha presença.
Eu escolhi deixar tudo para traz em busca de algo que eu não tinha certeza,
apenas observava, estimava, contemplava.
Eu saí correndo, tropeçando em tudo.
A vida não era justa para mim.
Quando você se entrega, você expõe os seus erros, as suas falhas;
Muitos se aproveitam disso.
O caminho é longo para qualquer um; Sombrio, frio e duvidoso.
Quebrando tudo talvez eu estivesse 'descontando' toda a minha raiva.
Sonhos abandonados hoje serão os pesadelos de amanhã.
É preciso ver com os olhos alheios.Você não verá seus erros apenas olhando para si.
Eu não deveria estar aqui,
eu estou voltando para casa.

14 de fev. de 2011

História (parte II)

Ela não tem hora para chegar,
não tem hora para sair.
Ela não tem ninguém que a diga o que fazer.
Um momento distante e então os seus sonhos aprisionam
aqueles que a observam.
Um unstante 'próximo' para saber que suas ideias ganham vida, deixando de ser 'apenas ideias'.
Quando ela passa, o ser inflama. Há uma indignação nesse instante.Uma inquietação que ninguém sabe de onde vem, nem o porquê.
Estagnados, assim se encontram os observadores.
A realidade está imersa em sua imaginação.
As vontades alheias estão sanadas, sequer hesitam.
Seus desejos são órdens e seus seguidores, são muitos.

11 de fev. de 2011

12/02/2011

Certa vez eu conheci uma garota.
A primeira vista eu tive a impressão de que seria apenas mais um sonho, mas não.
Não dessa vez, não com ela.
Por algum motivo houve uma aproximação. Algo me dizia que ali morava a felicidade.
Eu poderia ter seguido o meu caminho em busca de um bem maior e, outra vez, não.
Eu decidi seguir aquela garota. Tinha certeza que nela eu teria as minhas respostas.
Certo dia ela então parou, olhando para alguma coisa que lhe impedia a passagem.
Eu poderia ter parado e apenas observado, mas não.Eu continuei caminhando e ao
ocupar o espaço ao seu lado, olhei na direção dos olhos dela.
Eu podia ver o seu sofrimento, a sua dor.Havia alguma coisa que lhe incomodava e
ela estava sozinha.Ela estava perdida e não tinha ninguém para ampará-la.
Sim, eu podia ver.
Ela esboçou um sorriso e me deu a mão.
Naquele momento eu pude sentir tudo aquilo nunca antes sentido.Desfrutar toda
felicidade sem ter medo de me machucar.
Vivi naquele momento alguns dias, algumas semanas, oito meses!
Por todos os lados, anjos cantarolavam a mesma canção.Esta que tinha uma parte
na qual dizia: "[...]para você viver em mim".E assim foi feito.
Nós vivemos todo o vivenciável e mesmo os sonhos foram vividos.
Promessas, dívidas, sofrimento.Tudo sanado, esquecido.
Mas certo dia ela decidiu partir, seguir o seu caminho sozinha.
Soltando a minha mão lentamente ela sorriu e então me disse:
"Me desculpe por ser assim.
mais não tive escolha
eu só quero o seu bem!"
Ela se virou e eu nada pude fazer.
Havia uma parte nela onde não havia nada.Aquele vazio que habitava o seu corpo
estava tomando-o por completo.
Dando alguns passos, ela parou novamente e se virou em minha direção.
Uma lágrima escorreu de seus olhos naquele instante.
Curvando-se a cabeça em direção ao solo, virou-se novamente e retomou sua
caminhada.
Eu nada podia fazer.Estava vendo a minha paz ir embora sem ao menos me despedir.
Eu caí para traz.
Em posição horizontal, pude compreender aquele obstáculo avistado anteriormente.
(Sim, onde tudo teve início.). Eu pude entender.
Naquele momento os anjos que anteriormente cantarolavam aquela bonita canção,
estagnaram-se diante de mim e terminaram a canção com a seguinte frase:
"[...]Vá em paz."

Marina Guariente Borsari ☆ 20/08/1992 † 12/02/2008

9 de fev. de 2011

História de uma garota solitária.

Há uma garota chorando esta noite.
Ela se pergunta o porquê de tudo estar acontecendo desta forma.
Ela não tem estas respostas e nem mesmo sabe o que realmente sente.
Todos foram embora, e ela está sozinha.
Ela sente toda essa dor e, sem reagir, gasta seus últimos esforços
tentando se recuperar de uma quera que lhe parece não ter fim.
Em algumas folhas ela descreve seus pensamentos.São muitos e todos, perdidos.
Em verdade, não há sentido em nada que ela escreve.As palavras se perdem em meio a tanta dor, tanto sofrimento.
Há dezenas de motivos para que ela esteja dessa forma, mas não há um em si que ela se lembre.
Ela sonha em um dia conseguir se olhar no espelho.
Sua casa está em ruinas e seu chão já não existe.Seus apoios foram todos destruidos e ela não sabe caminhar sozinha.
Frágil, indefesa. Procurando um lugar, uma razão, um motivo para que ela possa sorrir e então dizer o que nunca antes pode dizer e ser aquilo que nunca antes foi -
FELIZ

8 de fev. de 2011

História (parte I)

Há uma garota do outro lado da sala.
Atravesso tudo e todos e a vista alcança os seus olhos.
Seu olhar aparenta cansaço. Ele está perdido agora.
Sua expressão revela um tempo que ainda não aconteceu e lamenta
pelo que ainda está por vir.
Um enigma lançado sem direção, rapidamente é esboçado em pequenos
gestos - transcendendo o âmbito e suscitando a necessidade da total
paralisia temporal para que seja admirada, contemplada.
As cortinas se fecham e tudo está escuro agora.Mas há ainda uma luz
que enaltece a sua presença. Algo reluz diante tenebrosa escuridão e
eu no entanto não sei distinguir o que é real do que é desejo.
A noite chega ao fim e ela então se vai.E eu tomo o meu caminho na esperança de vê-la novamente no dia seguinte.

A vaga realidade

Mesmo quando perto, ainda me sinto muito distante.
As coisas não deveriam ser assim, eu sei, mas há certas coisas as quais
quanto mais questionamos menos respostas obtemos.
Hoje eu olho no espelho e vejo que ontem eu poderia não ter sido
apenas o que eu fui.Havia muito mais que eu poderia fazer e eu no
entanto, não fiz.
Lamento o fato de tudo estar dessa forma.
Eu sei e você sabe também, isso é ruim.
Eu não desejo isso a ninguém.Esta solidão, este vazio parece estar se
dilatando de forma incontrolável e eu não tenho para onde fugir.
Talvez eu não queira fugir, mas isto é algo que não depende apenas
de mim (se é que me compreende)[...]

7 de fev. de 2011

Eu vejo tudo, mas não sei de nada.

Eu vejo as pessoas indo.
Vejo as pessoas voltanto.
Vejo as pessoas sorrindo e minutos depois se curvando, derramando lágrimas em busca da cura da própria dor.
Eu vejo tudo e ao mesmo tempo,
eu não sei de nada.

Eu vejo as coisas caindo sem antes vê-las subir.
Vejo os semblantes nas esquinas vendendo estimas e sorrisos falsos.
Eu vejo aquilo que você gostaria de ver mas até onde a sua vista vai, só se avista o início.
Eu vejo tudo aquilo que é verdadeiro e sei condenar o que é pérfido,
porque eu vejo tudo e ao mesmo tempo,
eu não sei de nada.

Eu sei o motivo dos seus sorrisos e vejo cada caminho percorrido pelas suas lágrimas.
Eu conheço a razão que lhe suscita o ócio
e mantenho escondida a resposta que lhe incita a curiosidade.
Eu tenho a solução do seu problema mas você não me deixa mostrá-la,
porque eu vejo tudo e ao mesmo tempo,
eu não sei de nada.

Eu vejo tudo, e ao mesmo tempo eu não sei de nada.

2 de fev. de 2011

Mais uma página

Perto de ti as palavras me faltam, a consciência se afasta e o tempo pára.
A tua presença me traz a paz e ao mesmo tempo, a tempestade.
A alegria me domina quando ouço a tua voz.
Nesse instante, tudo se torna relativo.
Mesmo o pôr do sol sob os olhares atentos da lua perdem total admiração - Esta concentra-se em ti e não me deixa ver nada além dos teus olhos, do teu sorriso.
A tua presença nos meus sonhos insiste em confortar a tua ausência e isso parece estar acomodando-se e eu não quero.
Há uma parte em mim que contempla a tua beleza e o teu jeito de ser , enquanto uma outra parte grita o teu nome.
Por fim, eu poderia dizer que tudo acima citado se resume no bem que eu preciso para sobreviver - O bem que eu preciso, se chama você.

1 de fev. de 2011

Solidão.

Eu vejo as pessoas circulando pelas ruas  alegres e sorridentes.
Penso que talvez elas tenham conquistado algo ou simplesmente não perdido nada.
Solidão, tristeza.Tudo me consome, esgota.
Desejo sentir-me dessa mesma forma e no entanto, eu não consigo.
Perco as palavras, a coragem e a confiança.
Não vejo meu reflexo no espelho, pois tenho medo de ver o que me tornei.
De repente posso ter me transformado em um MOSTRO.Não aqueles que ferem as 
pessoas, mas sim aqueles que destroem a própria vida, a própria vontade de viver.


Eu poderia fugir.Sumir, talvez.
Não, nada solucionaria o meu problema.
Temo me tornar um homen OCO, VAZIO.Alguém que VAGA pelas ruas sendo o 
DESGOSTO daqueles que ainda acreditam que tudo pode mudar - para melhor.


"Um brinde a solidão.Um novo mundo, então."