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28 de abr. de 2012

Tudo o que eu puder

Eu posso cantar, correr e vibrar;
Posso me calar, perder e esperar;
Posso comprar, mentir, voltar;
Almejar, enxergar, ceder.

Posso viver uma mentira secular e continuar acreditando que eu posso fazer tudo
aquilo que me faria feliz, sem saber que a felicidade está nos pequenos detalhes e toda dimensão
de um sonho não ultrapassa a imensidão da vida real.

O que foi semeado em nós, mesmo depois de colhido, deixa resíduos.
E quando os resíduos se 'revoltam', a dor é decorrente, e isso não nos enobrece.
Por dentro, escurece e apodrece.

E mesmo que a aurora suprime
e que a dor se esconda,
há uma explosão sublime
que a revigora, e a contempla.