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20 de mar. de 2018

Crônicas de um Zé

Eu sei que não tenho uma feição angelical, um corpo atlético e nem mesmo um sorriso bonito.
Que não tenho um meio de transporte que seja mais rapido que os passos atrasados rumo às estações de metro e/ou pontos de ônibus.
Eu sei que não sou tão esperto e que por mais que eu tente, nem sempre consigo tirar a dor de outro alguém.
Eu sei que não faço o tipo 'moderno' e sequer tenho charme pra jogar por aí.
Que não sou aquele a ser lembrado e talvez que nem falta eu faça a outrém.
Eu sei!
Eu não tenho muito mais a oferecer do que as palavras que escapam de tudo o que eu sinto.
 Porque isso é verdadeiramente tudo o que tenho: tudo aquilo que sinto.

NOTA - DESCULPAS

Passei um tempo fora. Era necessário.
Algumas coisas não precisam ser ditas, mas ao que me cabe, basta dizer que errei.
Sempre escrevi muitas coisas à muitas pessoas, mas de algum tempo pra cá gerou muitos probemas - a mim e aos outros também.
Nunca, em momento algum, escrevi algo para machucar alguém. Nem mesmo na intenção de provocar algum tipo de briga e/ou desentendimentos. Nunca fiz por mal!
Eu sempre coloquei muito sentimento no que escrevo porque é assim que eu sou. É assim que eu sempre fui.

Sem mais delongas, deixo as minhas mais sinceras desculpas a todos. Por tudo o que foi escrito e todo o mal que isso possa ter causado.

EU SINTO MUITO!

Felipe Falarara

4 de mar. de 2018

Dizeres

Queria dizer antes que fosse tarde
Antes que o mundo parasse
Ou que a gente sofresse
Antes que tudo mudasse
E nos desconhecêssemos. 


Queria dizer
Antes que a espera se canse
E que a vida passe por nos
em uma despedida.
Eu só queria dizer
antes que a noite se acabe
Pois tenho medo que parta
E que nunca mais volte.

Apreço

Maior que o mar
Que eles navegam
É o que sinto
Aqui no peito.
 
Quando bate
E me castiga
Levando parte
Do que sou
 
Mulher,
Cá estou
Às escondidas
Outra noite
A te escrever
 
Pois um só (verso)
Não bastaria
Tampouco
Saberia te dizer.
 
Que teu sorriso
Não há preço
Nem apreço
Que se pague.
 
O que merece,
Em verdade,
Neste mundo
Já não cabe.

1 de mar. de 2018

Tudo o que ela é - Parte I

Ela é uma cantiga
O despertar silencioso de uma noite mal dormida

Ela é bondade, é munição
O fundo de todo raso e o céu de cada chão

Ela é poeta, é poema
é nota de poesia
A madrugada em claro que se arrasta pra um novo dia.

Ela é musica, é sinal
é o som que me fascina
É a miragem do deserto no fundo de uma latinha

Ela é trovão, é sutileza
na tempestade que tudo leva
É o paraíso que se sonha
com ondas que todos temem

Ela é inteiro, é resposta
É o final de cada meio
Ela é som que não se ouve
a paz de todo anseio

Ela é vontade, é beleza
É tudo que o nada soma
É a verdade que se ajeita
na mentira que se conta

Ela é o fim, é a saudade
É o alívio que doi
A esperança em meio a guerra
Ela é amor quando corroi.

O canto que encanta

Ela me fatia,
me parte aos poucos sem qualquer esforço. 
Me cativa
quando sorri e me remonta enquanto junta os meus pedaços
Ela me encanta
ate mesmo quando canta e desafina 
E quando olha nos meus olhos 
ela me vira pelo avesso. 
Ela me basta de tal forma 
que nem eu explicaria. 
Mas quando some é só tristeza 
Porque com ela é sempre dia 

Mas sem, é frio, é noite, é breu.