Ela é fogo, é brasa.
É vontade da vida.
O chamado que insiste
E o que não se anuncia.
Ela é o riso de um choro.
Uma máscara viva.
É uma noite em claro
E a promessa de um sonho.
Ela é sol, tempestade.
Um errado acerto
É o curso de um rio
que deságua no peito.
Ela é o começo do nada
Fim da imensidão
Uma gota de tinta
No Teto do chão.
Ela é pergunta, é resposta.
O maciço vazio
A poesia infinita
Numa carta disposta.
Ela é o não que se esconde
dentro de cada sim.
O som que não se ouve
de um riso sem fim.