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15 de jul. de 2015

Querida Mari.

Era uma noite bonita. 
No céu, brilhavam centenas de estrelas.
Ali estávamos nós, sentados no asfalto batido de uma rua deserta. 
Do violão soava uma bonita canção que falava da vida, da paz e do amor. 
O tempo passava e eu não percebia. 
Você tocava meus lábios de forma sutil. Um momento sublime contemplado pelas estrelas pregadas no céu.
Em meus olhos, o poder. A relação entre ação e reação química e física comprovado há tempos. 
Eu estava entrando em outra dimensão. Será?
Estaria eu voltando pra casa?
Um reino distante alegre e florido.
Os problemas se vão a cada beijo. Cada gota de suor do nosso amor liberado em forma de calor.
Fico eu a desfrutar do teu poder de sedução, de anestesia. 
Um toque, um sopro e você se vai. 
Fico eu a imaginar o que é, e tudo o que poderia ter sido.
A mão se eleva e você volta. Em um gesto de chamado tenho você em minhas mãos. Até que chega a ponta dos dedos e se vai definitivamente. 
Fico eu a delirar, sozinho, sozinho. 
A música chega ao fim e eu volto a realidade terrena. 
Fico eu na esperança de um novo encontro.
De voar novamente, e te levar para o espaço sideral, no meu céu,no meu mundo, na minha mente. 

Ah, Mari. 
Querida Marijuana.