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11 de jun. de 2011

Capítulo III

Eu vejo toda transparência toda a dor de um sofrimento.
A amargura de apenas mais um dia que se foi, levando consigo
a certeza de um desejo infinito.
Percebo as coisas ganharem cores à luz do dia
e envelhecerem em tons escuros ao cair da noite.
Eu posso sentir o meu sangue correr e o meu pulsar, na alegre lembrança
que guardo e levo onde quer que eu vá, onde quer que eu esteja.
Eu me prometo todas as noites estar vivo nos meus sonhos.
Agir consciente, ser realista.
Eu me prometo sempre ao acordar ser forte, ser confiante.
Ter o poder suportar todas as coisas e não desistir.
Eu faço em meu dia a alegria que tenho nos sonhos.
Na verdade, enquanto eu penso que estou durmindo viajo
incansavelmente em todas as direções, na esperança de um dia poder
entender o que se passa, saber prever seus pensamentos.
Minhas noites, distintas em si, pouco diferem umas das outras.
São vazias, abstratas. São estreitos corredores a meia luz que não
me levam a lugar nenhum.
Eu te escrevo todas as noites como se fosse a primeira vez.
Crio alogias, alusões.Me confesso e me revelo em cada palavra, em cada
verso.
Já não vejo mais maneiras de lhe mostrar o que eu sempre quis.
Eu te ofereço toda a minha insistência, a minha luta por este amor.
Eu te descrevo como a luz que me guiou por toda a escuridão.
Em cada abraço, cada sorriso.Todos os momentos (mesmo que raros e finitos)
eu eternizei em mim, para que possa viver sempre perto mesmo quando distante.

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