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11 de jun. de 2011

Capítulo I

 Eu tenho tentado não pensar, me conter, talvez até fugir;
Mas as circunstâncias não tem sido favoráveis.
Confesso que por muito tempo eu tenho me sentido um pouco confuso,
há diversas coisas que têm (em si) me desviado a atenção.
Mas são como desenhos impressos na areia, que são levados pelo mar
em determinado momento.
Os castelos seriam os grandes sonhos e as casas, os pequenos detalhes,
a convivência, o nosso dia-a-dia.
Casas e reinos inteiros erguidos na areia, um ser, uma vida suscitada
que, em poucos minutos, afunda-se, afoga-se, perde-se na imensidão
daquilo que se desconhece, que se denomina mar.
 Eu poderia fazer uma referência ao meu mar, dar a ele as suas características
e o seu nome. Fazê-la nele, e então você estaria demolindo meus planos,
meus sonhos e minha esperança.
Porém, após a sua passagem, cria-se um novo reino moldado à sua forma;
Gerando novos sonhos e planos, suscitando uma nova vida - a minha.
As coisas têm sido diferentes desde a ultima 'revolução' no mar.
Os tons de cinza ganharam cores, e as coisas, vida.
Não foi preciso nenhuma alteração de temperatura, as condições climáticas
se ajustaram e, naturalmente, os reinos, as pequenas casas e as vidas foram
vitrificadas, deixando de ser apenas "formas impressas na areia".

Gosto de fazer alogias, dar vida aos absurdos.
Falta de lógica, incoerência, indefinição.
Na verdade, não se faz referências, não se explica - se vive.
Gosto de expor o que penso, independente da repercussão
que isso possa ter;
Gosto de "labirintos", de sensações como esta que me consome agora;
Eu confesso, estou trêmulo;
Tenho pensado muito nisso tudo.
Eu confesso, não sei como estou fazendo isso;
Eu me rendo, eu gosto de você, gosto muito, de você!

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