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29 de nov. de 2010

Ausente pesença

Eu não tenho mais amigos.
Não possuo um lugar onde eu possa fazer o que eu quiser ou talvez
eu não queira fazer nada mesmo.
Não tenho vontade de suprir as necessidades do corpo, tampouco,
alimentar as alicinações da mente.
Eu perdi a vontade de ler.
Escrever talvez ainda haja alguma.
Mas pode ser que eu nem termine esse texto.

Eu não tenho mais fome.
Não tenho vontade de me distrair.
Pensar, talvez.
Certas vezes eu não queria mais poder pensar.

Talvez eu tenha perdido a essência,
a tolerância, a precisão, o amor.

Não qualquer amor, cuja plantação é vista em esquinas.
Mas o amor próprio, aquele que semeamos sem expectativa
de retorno, que lhe traz auto-estima, confiança.
Essa talvez seja a perda mais dolorosa que hoje eu tenha de engolir.

Eu estou bebendo sangue, o MEU sangue!

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