Eu sou a escória do passado
Um conteúdo oco, o aceite negado
A farpa no dedo, o riso fingido
Sou o presente do grego em um final corrompido
O veneno que inflama e corrói por dentro
O remorso que chama quando corre nas veias
Sou a tristeza no brilho dos olhos e o adeus escondido
Na cara, no gesto, por trás de cada sorriso.
Um coração apertado, a alegria de um fardo
Sou a nota que soa e o silêncio de um grito
A mentira contada num épico equívoco
Sou um achado pedido, um breve suspiro
O viver de um afago que foi reprimido.
Sou o caminho sem rumo, um lar destruído
Um livro sem capa,
Em branco
Num canto esquecido
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