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6 de out. de 2017

DEZ PARA AS CINCO

SEIS
Cá estou eu outra vez
A caminho do barco que
Corre entre os trilhos

SETE em ponto ela passa
E me abre um sorriso
“Bom dia, querido”
E o dia começa.

As NOVE, boto fé.
Mas que grata surpresa!
Um encontro às cegas
Na máquina de café.

DOZE e TRINTA já passadas.
Estou pontualmente
Meia hora atrasado.
Eu escolho o cardápio
E me sento no canto,
Pois lá está a TV
No canal que ela gosta.
Rindo aos prantos,
Cai um riso forçado.
Que coincidência,
Ela senta ao meu lado!
Alegria e tristeza
Não cabem no mesmo rosto.
Senhor do tempo,
pare a contagem.
Eu preciso de tempo
para tomar coragem.

TREZE E TRINTA
e nada acontece.
Mais um tempo perdido
Dentre todos passados

Bate as QUINZE
E eu me alegro:
Um café? Outro papo?
Um dia, quem sabe
Um assunto apareça.
Que não o trabalho excessivo
e o cansaço

DEZ PARA AS CINCO
O relógio dispara.
É uma pena.
Uma cena que sempre repete.
A alegria se esconde
e a tristeza me toma.
Ela passa sorrindo
E então vai embora.

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