A vida foi sempre um aperto que vinha de todos os lados e terminava no peito.
E a minha única relíquia era ser forte. O suficiente para levantar depois de cada queda, pra sorrir depois de cada choro. Porque eu sabia que não ia parar.
Por todo esse tempo eu dissipei a dor. Enquanto jogado aos cantos rastejava por migalhas assim como fazem os pombos. E de olhos cheios, ria aos prantos. Mendigando aos tantos um motivo pra voltar a sonhar e esquecer que em toda essa vida eu nunca estive verdadeiramente bem. Foi sempre mentira. Foi sempre fingido.
Eu estou fadado a passar a vida conjugando verbos no passado. E isso não vai parar.
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