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27 de ago. de 2016

Em silencio

Estava eu ainda ali sentado e ausente. Num outro dia, numa outra dimensão.
Os filmes passam pela cabeça, a saudade enche os olhos. Tudo precisa ganhar algum sentido.
Tão perto e tão distante.
Longe do que queria mas tão perto do que temia.
Planos e planos escorrendo pelas brechas entre os dedos enquanto as mãos se apertam, tentando espremer alguma reação que não um sopro de  ansiedade e confusão. Um sorriso se esboça e os olhos tentam encontrar detalhes. Preciso de ar.
O corpo já não obedece, e em descompasso, se contorce e paralisa.
Quero meu mundo, quero ir pra casa.
Dentro de um universo onde já não há espaço que se crie, não há um sonho que não se recrie.
Eu estou vendo aquilo que já não enxergava mais, fugindo de ser o que eu queria.
Tenho frio, sede, desejo.
Paro, penso, prossigo.
Ele vem e escreve, outra vez eu vou embora sem saber.

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