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10 de jul. de 2016

Desiguais

Somos desiguais: Nas cores, nos timbres, nos gestos. Não importa para onde vai e nem para que, para um sujeito que carrega a bipolaridade, tanto faz. Um tanto faz. E faz com que as coisas mudem repentinamente e por vezes até de forma violenta. Para alguém que rema solitariamente na escuridão não há muita diferença entre cansar e prosseguir. Neste mundo, a verdade é que a mesma se esconde entre sorrisos falsos que ainda assim nós, velhos ranzinzas, evitamos esboçar enquanto aquelas escalas de cinza formam na aurora um alegre degradê. Os dias começam quando deitamos e terminam quando calçamos os chinelos pela manhã. Nada de sonhos. Mudança de planos.
Ele vem, se anuncia e se vai, esquecendo apenas de deixar aquela velha esperança de um dia poder voltar a enxergar a vida nascendo no horizonte, enquanto de chinelos e bermuda regava as plantas na calçada pensando em 'como somos tão desiguais'.

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