Somos desiguais: Nas cores, nos timbres, nos gestos. Não importa para
onde vai e nem para que, para um sujeito que carrega a bipolaridade,
tanto faz. Um tanto faz. E faz com que as coisas mudem repentinamente e
por vezes até de forma violenta. Para alguém que rema solitariamente na
escuridão não há muita diferença entre cansar e prosseguir.
Neste mundo, a verdade é que a mesma se esconde entre sorrisos falsos
que ainda assim nós, velhos ranzinzas, evitamos esboçar enquanto aquelas
escalas de cinza formam na aurora um alegre degradê. Os dias começam
quando deitamos e terminam quando calçamos os chinelos pela manhã. Nada
de sonhos. Mudança de planos.
Ele vem, se anuncia e se vai,
esquecendo apenas de deixar aquela velha esperança de um dia poder
voltar a enxergar a vida nascendo no horizonte, enquanto de chinelos e
bermuda regava as plantas na calçada pensando em 'como somos tão
desiguais'.
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