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14 de jan. de 2012

Medo

O medo me assusta.
O susto me apavora.
Lá fora há tremores e ruidos.Uma risada maléfica, bem ao fundo, dá o clima da noite.
Seres incapazes, presenças indesejáveis.Assim é a noite, uma caixa cheia de surpresas.
Por onde eu ando, posso ver o que as pessoas fazem, ouvir o que elas pensam.
E como se estivesse em um submundo, inverso, de cabeça para baixo sou obrigado a sentir.
Sentir o que não se pode ver, tampouco, tocar.
Sentir que tudo e todos são meros passageiros e que a viagem está apenas começando.
Um início sem fim, portanto?
Entretanto, o que fala, vive e pulsa grita silenciosamente o que não se quer ou vir.
Ouviremos portanto apenas o que desejamos saber.

Um mundo surreal, prenhe de obstáculos.
Não é difícil imaginar, nem tão fácil estar ali.

Corpos vagam pelas ruas à procura de uma alma pura. O que vemos? O que somos e/ou sentimos?
O que pensamos quanto aquilo quando julgamos?

A mente humana pode ser a força criadora, mas também pode deteriorar o corpo e aprisionar a alma.

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